sábado, 19 de setembro de 2009

Borboletas no Estômago


Algumas pessoas entram na nossa vida sem pedir permissão. Elas nos cativam, tornam-se especiais, indispensáveis e se vão. Como aqueles produtos de edição limitada. Produtos que viciam e depois não se encontra mais. Por que vão embora? Como se houvesse um limite de tempo e, assim, de repente, este tempo acaba. Elas partem. Como se não fôssemos bons o suficiente para mantê-las por perto.

Se não é para ficar, por que entram? Não há coincidência. Esse tipo de coisa não existe. Pessoas passam. Pessoas ficam. Algumas deveriam permanecer pra sempre. Mas, infelizmente, por mais que se queira segurá-las, elas tomam outro rumo. Outra direção. E se pudesse voltar atrás? Decepções, erros e lágrimas seriam evitados. Voltar? Seria tão útil quanto tentar colocar um pino de volta numa granada.

É preferível amar e perder a nunca ter amado. Corre-se o risco de sofrer um pouco quando se deixa amar. Coincidências não existem. O que aconteceu, aconteceu. Dever-se-ia apenas agradecer. Agradecer pelos momentos felizes vividos. Pelas lembranças deixadas.

Sim, dói mais que conseguimos suportar. Haveria mais paz se não existisse paixão. No entanto, seríamos vazios. Cômodos fechados. Vazios. Escuros. Úmidos. Mortos. Pois, os melhores momentos são aqueles que fazem o coração disparar. Como pular de um carro em movimento, entende? A adrenalina é um vício. Por isso as pessoas se apaixonam o tempo todo. Pode ser triste no final, mas é inevitável. Acontece com todo mundo.

Tudo termina com você sozinho e procurando o caminho de volta para sanidade. Tudo volta ao normal. Alguns pedaços a menos, porém normal. Eu e o Nietzsche concordamos em um ponto: odiamos quem nos rouba a solidão sem em troca oferecer verdadeira companhia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

8 ou 80


Penso que bati minha cabeça com força. O rosa não é a cor mais bonita. E o amor está banalizado. Odeio pessoas previsíveis. Apesar disso continuo deixando-as entrar. Às vezes, o que nos machuca nos faz crescer. Outras, nos faz apenas sangrar. Ele me queria pelas razões erradas.

Ah, odeio o previsível. Promessas vazias. Palavras jogadas ao vento. E eu sabia. Juro que previa. Ele exalava previsibilidade. Tão infantil e confuso. É, algumas coisas nos faz sangrar. No meu caso, literalmente. O melhor é que não tem importância. Sinto culpa em não sentir culpa. E por ele não fazer nenhuma falta. É porque sou inconstante. Eu tenho o dom de me apaixonar por tudo e depois mudar de idéia. Ele só queria se auto-afirmar. Mesmo vindo todos os dias. Esqueci. Ou melhor, não lembrei. Porque da parte dele era só ego. Ainda bem que bati a cabeça. Algumas pessoas têm medo. Além do mais, não dá pra amar e ser tudo pra alguém em uma semana. Odeio a tal da banalização. Odeio o “eu te amo” clichê.


No entanto, você é diferente. Você é tão constante....Apesar de ser geminiano. Nunca te enganei e jamais faria isso novamente. Perdoe meu momento de semi-insanidade. Meu erro é acreditar nas pessoas erradas. Se a gente não ficar junto agora, vamos nos perder por ai. Já está tudo perdido. E não possuo forças para lutar. Olhe pra mim. É, bati com força! Meu mundo está caindo, então, por favor, fique comigo agora. Quando te abracei senti sinceridade. Senti amor. A diferença entre gostar e amar. Amo você. Mais ninguém. Despertei e nada era real, lembrei de você. Meu milagre pessoal. Abro a porta e lá está. E sempre estará. Como disse uma amiga: a paixão passa, o amor fica. E você fica. Eu te amo num mundo onde o “eu te amo” virou algo tão banal. As pessoas dizem pra quem acabou de conhecer. Se ficar comigo agora, prometo não achar maneiras de tornar sua vidinha cada vez mais miserável. Prometo!


Vamos deixá-lo pra lá. Porque ele nunca entenderá. Ele nunca entenderá de amor ou amizade. Nem de compromisso. E sou muito intensa pra esse tipo de coisa. Intensa sabe? Extremista. Sem meio-termo. Morno, jamais! É uma escolha que fiz. Tudo ou nunca mais. Entendeu?

Amar e perder é um risco que corremos? Sim, mas vale a pena!